quinta-feira, 30 de julho de 2015

#paquera

Então, perguntei: 
- Você já colheu maçãs? 

Respondeu-me que não, fez uma cara de interrogação e permaneceu calado.
Quebra gelo maldito, pensei.

Queria parecer inteligente, espontânea, descolada.
Pareci louca. Idiota, talvez.
Nem insisti.


terça-feira, 21 de julho de 2015

#wannabecool

Quero férias permanentes desse ofício de lidar com gente sisuda e mal-humorada que reclama de tudo. Das minhas reclamações, também quero uma folga.

Cansei de chatice.

Quero poesia, comida boa, rede na varanda e sossego. Se for pedir demais, tudo bem, aceito sorrisos educados e pessoas contidas. Mas, se ainda assim, for muito esforço, silêncio é bem-vindo.

De mim, espero ao menos bom senso! 

To be continued... 

O que aconteceu com a Maria Eduarda?

Aos vinte dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dez do calendário XPTO que não me recordo o nome, Maria Eduarda desapareceu. Saiu de casa levando apenas uma valise com algumas poucas roupas e uma soma considerável de dinheiro na carteira. Planejara a fuga com meses de antecedência. Vendera todos os bens e pertences. Sem amarras. Finalmente livre!

Isso foi o que ela pensou, mas liberdade não acontece assim de uma hora pra outra. Liberdade, meu bem, é construção interna, com ajustes diários e muita, mas muita, perseverança. Mudou-se, porém não mudou.

Maria Eduarda, 43 anos, funcionária pública concursada, sonha com a aposentadoria para, enfim, iniciar o curso de alta gastronomia no Cordon Bleu e viver a vidinha simples que sempre quis, em Paris.

O destino das personagens: Maria Eduarda