- Preciso andar mais com você, sua energia me faz bem.
(e quem vai repor a minha energia? Pensei.)
Volto a pensar nas relações twitter. Tudo deve ser imediato. A necessidade de saciar o desejo. O brinquedo que perde a graça quando se encontra um modelo mais novo na vitrine.
Ando na contramão. Aonde foi a conversa? Aonde foram as mãos dadas? Aonde foram os silêncios de cumplicidade?
Efêmero.
Assim vejo o mundo.
E o mundo não me vê.
- Você parece triste.
- É cansaço.
- Sozinha?
- Sempre.
- Por que?
- ...
Porque sim não é resposta, dizia aos sete.
Não respondi.
Às vezes parece um açougue: pernil, quarto traseiro? Tem peito?
- Pode embalar, por favor.
Outras vezes, fast food: dá pra substituir? Faz pra viagem, ok? Estou sem tempo.
A justificativa do século: a falta de tempo. Tudo pode ser abonado pela falta de tempo. As crianças mimadas, mal-educadas. Os casamentos monótonos, sem amor. As amizades interesseiras. A agressividade no trânsito. O despreparo no trabalho. A intimidade forçada. Até as relações twitter.
(e quem vai repor a minha energia? Pensei.)
Volto a pensar nas relações twitter. Tudo deve ser imediato. A necessidade de saciar o desejo. O brinquedo que perde a graça quando se encontra um modelo mais novo na vitrine.
Ando na contramão. Aonde foi a conversa? Aonde foram as mãos dadas? Aonde foram os silêncios de cumplicidade?
Efêmero.
Assim vejo o mundo.
E o mundo não me vê.
- Você parece triste.
- É cansaço.
- Sozinha?
- Sempre.
- Por que?
- ...
Porque sim não é resposta, dizia aos sete.
Não respondi.
Às vezes parece um açougue: pernil, quarto traseiro? Tem peito?
- Pode embalar, por favor.
Outras vezes, fast food: dá pra substituir? Faz pra viagem, ok? Estou sem tempo.
A justificativa do século: a falta de tempo. Tudo pode ser abonado pela falta de tempo. As crianças mimadas, mal-educadas. Os casamentos monótonos, sem amor. As amizades interesseiras. A agressividade no trânsito. O despreparo no trabalho. A intimidade forçada. Até as relações twitter.