A diferença é que não contamos apenas histórias de superações. Nem nos perdemos em discursos pobres sobre mazelas. Apenas levamos uma vida comum.
É engraçado ver como os sonhos de transformar-o-mundo-ser-rica-e-famosa tornam-se os sonhos de acordar-no-dia-seguinte-e-ter-forças-pra-trabalhar-e-sobreviver-com-alegria-e-simplicidade.
A vontade de "deixar um legado" vira o "querer ser feliz sem incomodar ninguém".
O grande pavor de ser um gênio incompreendido desaparece, dando lugar ao medo de escorregar no banheiro e ser encontrada morta, num apartamento, três dias depois do ocorrido.
A fatalidade tem me rondado nos últimos meses e eu, reles pessoinha, tenho pensado no que fazer da vida. Assumir. Assumir tudo é o que me vem à cabeça.
Consertar o que consigo, mudar o que dou conta de sustentar, mas, principalmente: aceitar meus erros, pedir desculpas e seguir aprendendo. Admitir as fraquezas sabendo que são momentâneas, ou não.
Ser verdadeira e digna.
Acho que é isso.
"E tô achando bom, tô repetindo que bom, Deus, que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém, que bom que sou forte, que bom que suporto, que bom que sou criativo e até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele “Eu Amo Você” no espelho. É pra mim mesmo! "
(Caio Fernando Abreu)
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