quinta-feira, 30 de abril de 2015

Pequenas coisas

Tenho essa caixinha de música com um trechinho de Carmen gravado. Isso e um Santo Antônio. Os dois moram em cima do computador da estação de trabalho que ocupo na repartição.

Ganhei o Santo de uma colega que me acha muito solitária. Ensinou-me, na ocasião, que deveria tirar o menino Jesus dele e devolver apenas depois que casasse. Colei Jesus no Santo Antônio com superbonder por precaução.

Não é desprezo, tampouco heresia. Rezo pra ele sempre que lembro. Só não quero correr o risco daquele menino sumir e a coisa acabar em tragédia.

A caixinha foi comprada por mim num ataque de nostalgia. Toda vez que me irrito, ouço a música. É só um trecho, bem pequeno, aliás.

Mas, às vezes, o conforto vem das pequenas coisas. Um santinho, um pedaço de uma música boa, um carinho, um sorriso.

Tenho apreciado isso ultimamente e está me fazendo bem. Ao menos, é o que eu penso. Pra não pirar, surtar e nem sair correndo, giro a minúscula manivela e ouço a Habanera.

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