Ela afirma veementemente que melhorei. Eu fico ali paralisada, enigmática. Ao menos para mim. Juro que represento um papel, mas ainda não descobri qual é.
Imploro:
- Não elogia, não elogia! O Cosmos pode ouvir e inverter a situação.
Deixa firmar, eu digo. Ela ri. Sem saber que esse Cosmos é um grandíssimo sacana, isso sim.
Sinto-me péssima quase o tempo todo e, ao mesmo tempo, melhor do que todos que conheço. Acima do bem e do mal, às vezes. A sensação é estranha. E boa.
Travo batalhas homéricas comigo. Ora venço. Ora empato. Nunca perco. Eu faço as regras do jogo. O grande problema é saber a motivação da jogada.
Ela me acolhe. Eu ainda não sei fazer isso. É o lado criança. Verde. Inocência deliciosa que continua a me colocar em enrascadas. Rio. Isso eu aprendi a fazer.
A sanidade total ainda está distante. Talvez por não querê-la realmente. Parte de mim quer. A outra parte não sabe.
Dúbia. Palavra linda. Assim que me sinto. E gosto. E vivo. E prolongo o momento.
Gosto também de definições. Mas não para agora. A dúvida me move. E mover é bom.
Hoje sou mulher de vírgulas e reticências. Não tenho ponto final...
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