Não queria envolvimento. Mantinha a mensalidade do clube dos solteiros sempre em dia. Fazia troça dos amigos que manifestavam publicamente qualquer tipo de compromisso.
Aliança? Não, grilhão.
Era assim que chamava.
Conheceram-se por intermédio de amigos. Destacaram-se da turma na primeira noite. Ele ensinou-lhe a casualidade, ela mostrou-lhe o romantismo.
Em duas semanas, suas convicções desceram ralo abaixo. Marcou encontro em restaurante fino, levou anelzinho, jurou amor.
Ela, muito sem jeito, fez um gráfico num guardanapo de papel e traçou retas para explicar a diferença de sentimentos no horizonte de tempo. Terminou o vinho sozinha. Até hoje, não entende bem o que aconteceu.
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