Não creio.
Mentiras brancas, socialmente aceitas, ditas inofensivas. Ainda assim, mentiras.
Estou chegando. Não vi. Não deu para ir. Hoje tenho compromisso. Minha avó faleceu.
Matar família? Parece-me cinza. Repetida à exaustão, clareou-se. Tornou-se o cinza mais pálido que existe, quase branco gelo.
Todos fazemos. Por isso, talvez, adquirimos a capacidade de identificar facilmente quando o fazem conosco.
Incomoda. Machuca. Entristece. Magoa.
Se usadas timidamente, podem até ser perdoadas. O uso indiscriminado, no entanto, abala de modo severo a confiança.
A grande contradição está, porém, nas razões do uso: proteger, poupar, resguardar.
Mas quem, meu Deus? O mentiroso patológico ou o eterno iludido?
A prática, com o tempo, chega a produzir um abismo entre os indivíduos.
Então, para quê? Qual é a real necessidade disso? Será falta de coragem? Respeito? Interesse?
Muitas dúvidas. Nenhuma conclusão.
Filosofia barata, de boteco, chinfrim e tacanha, que tira o sono.
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