Então Saturno resolveu mesmo tirar o meu sono. Ia toda serelepe em minha vidinha desregrada quando, de repente, sou surpreendida pelo Senhor dos Anéis. E não é o do filme.
Taciturno, cobra postura, seriedade. Impõe regras. Limita a leviandade. Esmagada, tal qual Coyote se dando mal em suas armações, penso: E agora? Agora, querida, é andar na linha, seguir com retidão, aguardar.
Esperar a salvação de Júpiter para que o Sol volte a brilhar. Planeta mágico. Superior. Benevolente. Expansivo. Elétrico, vitalizante e fecundo.
O eremita aconselha prudência para melhor construir, enquanto a roda da fortuna gira e não se detém em canto algum. A temperança trará calma, confortará o espírito, apaziguará anseios até que o mundo seja Mundo novamente.
Questiono o céu, maktub e os desígnios divinos. Faltei às aulas de resignação. Insisto que há solução. Parta Nauthiz! Deixe Wyrd mostrar o caminho a Sowelu.
Ele fecha os olhos e sorri. Balança a cabeça, afaga meus cabelos, limita-se a dizer:
- Dorme, pequena, isso também vai passar.
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