segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Carta para um Lindo

É assim que as coisas acontecem. E é difícil suportar. Tão trash. Ver o vazio do alheio. As pessoas-formiga que nos rodeiam e não são tocadas quando se deparam com a sensibilidade pura. As pessoas, em sua maioria, resumem-se a máscaras ou cascas.

Aprender a viver o momento. Isso é importante. Tem gente na nossa vida que é só um café, não queira transformá-los em jantar. São pequenos demais. Não nos alimentam. Você tem de aprender a ver a história da forma que ela é e não da maneira que gostaria que fosse. Então se adapta. E não sofre tanto.

(eu estou aprendendo)

Quando passei a fazer isso de forma automática achei que não sabia mais sentir. Não é isso. É viver o momento e saber onde pisa. Pensei nisso hoje e lembrei de você.

Você é bonito, interessante, inteligente. Diferente desse povo que está disponível por aí. Você é sensível e não se envergonha disso. Assume e se permite sentir. 

A gente não sabe lidar com rejeição, despedidas e etc. Ninguém foi criado para isso. Adeus é cruel. Escrevi algo sobre isso um dia. O adeus do amor pode ser pior do que o da morte. O da morte é inevitável, num dado momento a gente consegue entender. O do amor não.

A pessoa parte, continua vivendo sem a gente e parece que é exatamente isso que a gente não entende. Como amar tanto um alguém que vive a própria vida sem se incomodar com a nossa dor, sem notar nossa existência?

Acho importante sofrer. Digno, sabe? Acho que a gente tem de sofrer até purgar. E, ultimamente, não tenho sofrido (muito). Ou não sofro o tanto que costumava sofrer. Daí, comecei a sofrer por me achar anestesiada.

Não é difícil viver, mas a gente quer controlar tudo. Quer que as coisas aconteçam do jeito que a gente imagina. E, de repente, a gente se frustra sozinho.

E o universo fica lá, parado, esperando a gente voltar pro nosso rumo pra colocar as coisas boas na nossa vida de novo.

Acho que é por aí.
Se cuida.
Te adoro.

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