domingo, 23 de fevereiro de 2014

Não é que eu não queira, não acontece.

De repente vem uma vontade louca de mudar, de não ser. Simplesmente não ser mais isso que me tornei.

Isso que não sei bem o que é. Mas não gosto. Deixar tudo pra trás e começar de novo.

Hábitos, manias, idiossincrasias. Tem nome apropriado? Também não sei.

Sensação de inadequação.

Será que personalidade pode ser uma roupa que um dia deixa de servir? Sai de moda? Rasga e não tem mais conserto?

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

E viveram infelizes para sempre...

A juventude se foi, mas eu permaneço aqui, parada, patética, esperando aquele que não chega nunca. Guardo com zelo o sapatinho de cristal que iria identificar-me como a amada prometida. Enquanto o pé, cansado, cheio de calos, enruga, entorta.

Semblante esmaecido. Corpo encurvado.

O Conde de Foucauld perdeu a hora, o despertador, o relógio. Perdeu-se no tempo e com isso desperdiçou, também, o meu tempo. Deixou passar o unicórnio branco que o traria para os meus braços. Uniu- se à Cuca e se acomodou.

Sempre ouvi dizer: cuidado com a Cuca, que a Cuca te pega e pega daqui e pega de lá.

Pegou...