segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O que me faz feliz


  • Batata palha;
  • Ficar na cama o dia inteiro no domingo;
  • Assistir Sessão da Tarde;
  • Comer brigadeiro de colher;
  • Ler um livro interessante;
  • Cozinhar para os outros;
  • Falar com amiga ao telefone por horas e horas;
  • Ter um dia agitado no trabalho;
  • Chegar em casa e ver o Igor rolando no chão, mostrando a barriga;
  • Saber que, apesar de todo o charminho, tenho alguns bons amigos;
  • Contemplar o mar;
  • Dormir ouvindo o barulho das ondas;
  • Ver tudo dar errado e ter a certeza de que tudo vai dar certo;
  • Rir de mim mesma;
  • Escrever um texto bom;
  • Fotografar, fotografar e fotografar;
  • Tomar um bom vinho sozinha enquanto faço jantar;
  • Namorar;
  • Dançar;
  • Viajar;
  • ...

domingo, 29 de agosto de 2010

Deu tudo certo


Semana de ralação. Preparar tudo para as férias e sair tranqüila.
Ditado Popular do dia: Há males que vem para o bem!

Ia viajar sem a carteirinha de vacinação. Agora não vou mais!!!
Tempo para preparar as exposições de setembro e arrumar as coisas no trabalho.

Bom, muito bom.

A mala já está pronta e vai ficar enfeitando a minha sala até sábado.

Diário de Bordo (dia 8 - eu acho)


Perdi o vôo! Férias postergadas para a próxima semana.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vôo

- Você me pega amanhã?
- Claro. Que horas?
- Acho que das 19h às 23h está bom, mais que isso eu não dou conta!
- Sério!!!
- 19:15. (tentei)

Diário de Bordo (dia 6)


Praia finalmente! Parou de chover a tarde e consegui ir à praia.

Lembranças do passado


E como diria o Eggs: Só piora. E no quesito Só Piora: Troféu jóinha pra ela. O amigo D também poderia completar com: assim como são as pessoas, são as criaturas.

Internet aproxima e afasta, tudo depende da conexão.

Então fica assim e amanhã será outro dia (óbvio).

O twitter da vida real continua me perseguindo, minhas relações tem a duração máxima de 140 segundos.

#nowplaying: that's just the way it is, some things will never change, na rádio F.D.P. que toca na minha cabeça.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Diário de Bordo (dia 5)


As férias seguem da maneira mais inesperada possível. Hoje choveu o dia inteiro e continua chovendo. Tenho treinado mais a minha habilidade em negociar do que fotografia e inglês.
Minha companheira de viagem tem feito passeios turísticos e eu, compras e mais compras. Se eu não me controlar só vou poder tomar água (da torneira) quando as férias reais começarem.

Gostaria de saber o nome de quem inventou o parcelamento da fatura do cartão de crédito para poder acender uma vela pra essa bendita alma lá na igreja do Bonfim.

Each man kills the things he loves


Os meus passarinhos são, assim, ariscos. Eles pousam cada perninha em um fio e vão se equilibrando. Voam, pousam, voam de novo, pousam mais uma vez e ficam nessa palhaçada ad aeternum.

Não deve ser muito confortável ser meu passarinho!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Você em mim


- Você me ama?
- Muito.
- Mais do que tudo na vida?
- Mais do que a minha própria vida.
- Se eu morresse você iria ao meu enterro?
- É claro.
- E iria chorar?
- Para sempre.
- Se eu morresse amanhã o que você faria?
- Amanhã?
- É.
- Putz, mas tem que ser amanhã? Não poderia ser depois de amanhã?
- Por quê?
- Amanhã é dia de futebol!

Diário de Bordo (dia 3)


Museu de Arte Contemporânea, Sambódromo, Azulejos, Hotel, Jantar no Iate, Hotel.
Falta muito pra sábado?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Agora é oficial ou Diário de Bordo (dia 2)


Eu sou o serzinho mais anti-social que já vi por aí.

Passeio corrido (mas muito corrido) ao Corcovado, Jardim Botânico, Mirante do Leblon, Shopping (de novo) e, mais tarde, ao Pão de Açúcar.
De noite, trabalho para ela, praia para mim.

Individualista, sim. Egoísta, sim. Feliz, sim!

Acho que minhas férias começarão no próximo sábado, tão logo a viagem termine.

Ao menos eu tentei.

Diário de Bordo (dia 1)


  • Aeroporto fechado: 30 minutos sobrevoando a cidade e eu tentando dormir no avião. (Nota Mental: nunca mais comprar vôo para o Santos Dumont - medo, mamãe, medo!!!);
  • Minha companheira de viagem ficou doente e acha que o problema foi causado pelo excesso de poeira no meu carro. Ok, o cara levou duas horas e meia pra lavar, mas eu nunca ouvi falar de alguém que morreu de poeira;
  • Chopp com fritas na Taberna Atlântica - restaurante que costumava frequentar com a minha avó há 25 anos atrás;
  • Tarde mais que agradável com a tia mais perfeita da (al)face da Terra. Uma senhorinha muito inteligente e peruinha, com 7.6, que adora andar (em shoppings), almoçar com as amigas no iate e tomar seu whisky sour (volto em outubro para revê-la, com certeza!);
  • Compras na feirinha, compras no shopping, Mc Donald's e limpeza de pele - totalmente grátis - na Clinique (Ok, ok, depois de comprar um creme pra rugas. Mas a moça pediu pra voltar na terça e prometeu que vai fazer outra - dessa vez não vou levar o cartão de crédito);
Piada ao vivo: enchi a boca de sabonete líquido pensando que era Listerine.

domingo, 22 de agosto de 2010

Física


Tudo depende do referencial.
Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e sentido contrário.

Você em mim


- É aquele livro que está na última prateleira, moço.
- Esse?
- Não, do lado.
- Esse livro é raro.
- Não perguntei se é raro, disse que queria levar.
- Mas esse aqui eu não posso vender.
- Está na prateleira por quê?
- Não está na prateleira.
- Ah.. eu estou tendo uma ilusão de ótica?
- Já estou tirando...
- Sim, isso eu estou vendo. Vai vender ou não?
- Não posso.
- Tá.
- Ei, aonde você vai?
- Embora.
- Por quê?
- Vai vender o livro?
- Não.
- Então..
- Você não quer tomar um café comigo?
- Não, obrigada. Sou rara, não estou na prateleira.

Falta de Linearidade


Sempre perdi pontos em redação por isso.

Acho que voltou.
Não sei.
Scarlett Mode On: pensarei nisso amanhã.

Hoje não sou Pessoa, estou Caio Fernando Abreu e um pouco Clarice.

P.S.: Alguma coisa está cheirando muito bem em mim e eu não sei o que é. Preciso descobrir (pra comprar mais).

P.S.2: Coloquei os fones de ouvido na mala. Tirei da mala pra testar. Surpresa!! (ou não) O Igor comeu o fio dos fones.

sábado, 21 de agosto de 2010

Férias (3)


Perdi o tesão pelo Blog. Vou viajar. Talvez volte. Talvez não.

Curtinha (mal-humorada)


Eu odeio mostrar fotos no meu computador. As pessoas sempre colocam os dedos na tela. Não sei porquê. Não tem nada escrito em braille na tela.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Clarice

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite"

Curtinha


- Se eu ficar igual a minha mãe eu me mato!
- Eu não me mato, mas juro que faço terapia.

Atrapalhada

Victor e Léo no You Tube. Um chat no skype, outro no Facebook, frases curtinhas no twitter para relaxar. E-mail do trabalho aberto e o pessoal também. Ah, blogger aberto também, é óbvio.

Tarde em hotel-office. Processos de trabalho e tensão pré-férias. Começa a anoitecer em São Paulo. Frio. Muito frio. Queria estar em casa. Estou cansada, sempre cansada. Não durmo direito há um mês e não me alimento bem.

Volto pra casa no dia em que a hóspede chega. Ainda preciso ir ao supermercado comprar comida e pensar na acomodação. Não arrumei as malas e nem sei o que levar. Viajo amanhã, domingo, quarta, sábado, domingo, quarta e domingo de novo. Não sei o que levar! Esqueci do gato. Tenho que deixar o gato no veterinário e pegar a minha carteira de vacinação. Deveria fazer uma lista, mas ando perdendo as listas que faço.

Amanhã tem exposição e no dia 27 também. Falta o release dos eventos de setembro. Faltam os currículos dos artistas. Terceirizei a entrega das fotos da minha exposição e o serviço da gráfica. Eu quero meu casaco. O meu casaco quer viajar nas férias também. O casaco foi passear na gráfica.

Eu quero tempo. Eu quero dias com 30 horas iguais aos do Unibanco. Eu quero uma sopa e um sanduíche.

Mas o pior, pior mesmo, é gostar de tudo isso.

Adoro trabalhar demais, adoro não ter tempo, adoro ficar sozinha, adoro comer pouco e não dormir. Adoro pressão e estresse. Adoro quarto fumante e mensageiros simpáticos. Adoro aeroporto, atrasos, fotos de madrugada e photoshop até amanhecer.

Amo minha vida do jeito que ela é.

Nietzsche


Temos a arte para não morrer da verdade.
- Você não faz mais sentido para mim.
Ele disse.

Saiu e bateu a porta como um qualquer. Era um qualquer que morava em mim há dois anos.

Repeti aquelas palavras todos os dias, religiosamente, por um mês. Como se fosse encontrar algum significado oculto naquela frase.

Quando não tinha mais forças para tentar entender, chorei. Como um pano de chão que a gente torce até não cair mais nenhuma gotinha de água suja, chorei.

Chorei e chorei mais ainda. Chorei até pensar que nunca mais sorriria.

- Você não faz mais sentido para mim.
Ele disse.

Sem explicações, desapareceu no barulho de uma porta se fechando num quarto vazio. Deixou a dor, o espaço, a solidão.

Houve um tempo em que nada fez sentido para mim.

Ainda lembro


Verdinha e com folhas reluzentes. Frondosa. Sombra a quem precisava descansar. Flores a perfumar o caminho. Frutos não. Nunca deu frutos.

Nunca parei pra pensar nisso.

Se ela me deixou a dor,
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou,
A dor é minha,
A dor é de quem tem...

Começou quando as flores murcharam. Depois foram as folhas. Caíram uma a uma, até não sobrar nada. De longe se via o tronco retorcido. Ela estava seca. Ainda assim em pé. Ainda assim imponente.

Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra, cavada no coração
Resignado e mudo, no compasso da desilusão

Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão



À primeira vista, causava um impacto... nada positivo. Aos poucos o olhar se acomodava e tornava-se agradável.

(ou invisível, nunca parei para pensar nisso também)

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Quando eu me encontrar
Depois que eu me encontrar

Voltou a ter folhas. Flores. Frutos não. Nem frondosa. Sombra não. Nem perfume. Não se recuperou. Ela era a sombra. A sombra de um passado.

Não vergou.
Não morreu.
Transformou-se.

Se não fosse árvore seria bicho. Se fosse bicho, seria a borboleta invertida que começa voando colorida e termina estática, verde e gosmenta, grudada em um tronco retorcido de uma árvore seca.

Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos pra voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?

Ainda assim, o tronco - seco e retorcido - parecia mais forte. Firme.

Não sei.
Também não pensei nisso.

Parecia velho. O mais velho de todos os troncos velhos, secos e retorcidos. Ela parecia saber todas as coisas que as árvores devem saber. Se houvesse um jardim ou qualquer vegetação em volta, aquela árvore semi-seca, daria conselhos às jovens plantinhas.

Mas não havia nada.
Nunca houve.

Ela nasceu num círculo de terra delimitado por concreto.






sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tem certos legados difíceis de lidar


O que é virtude para um pode ser vício para o outro. E lá, beirando a metade da vida, ele se apresenta. A gente esconde, mas ele - é claro - insiste em marcar presença. É aquela ondinha que marca o tapete e incomoda a vista. Um dia, já acostumado, você se distrai e tropeça no montinho. Daí se obriga a limpar a sujeira.

É assim, um tropeço e uma limpeza. Os tropeços sempre doem, mas os montinhos diminuem com o tempo. As quedas ficam menores. As limpezas, talvez em função da constância, mais profundas.

(eu não gosto dessa ortografia nova: não acerto as palavras e sinto falta dos acentos)

Sou uma pessoa de vícios, mas aprecio as virtudes. Penso que seja uma pena elas não estarem em mim. Todas, eu digo. Porque algumas eu tenho.

Então vamos aos vícios. Os piores - no meu pensar - são os de comportamento. Estes são meus montinhos mais altos. Estes se formaram na infância e crescem até hoje. Estes são mais difíceis de limpar. Estes sim, incomodam muito.

Estes viciozinhos são do tipo traiçoeiros. Ladinos! Isso mesmo, ladinos eles são. Se travestem de personalidade ao avistar o menor risco da descoberta. É preciso muita atenção ao lidar com eles. Safados, num português mais chulo.

Eles não merecem complacência.

Eles devastam a alma.

Desculpe-me, foi engano


Pensei ter sentido um furacão daqueles impetuosos que arruínam com tudo. Deixei que o vento ouriçasse meus cabelos, mas são curtos. E nada aconteceu. Juntei agasalho, me protegi, avisei a todos. E nada aconteceu. Uma brisa leve tocou meu rosto - há muito encerrado - então senti como uma ventania. E nada aconteceu.

A brisa - suave - é constante, mas nada acontece.

Querido Diário,


hoje é o dia da mini-mostra. Chamo assim por pensar que exposição é um termo que deveria ser usado por artistas. Na condição de aprendiz, mini-mostra me satisfaz.

Deveria estar mais nervosa, mais insegura, mais qualquer coisa emocional. Nada. Não sinto nada. Nem irritação com as trapalhadas que ocorrem em sequência.
(saudades do trema! aprendendo, aprendendo... melhor pensar assim)

Fiquei blasé.
(e nem tomei Prozac)

Deveria pensar nas fotos, nas pessoas, no acontecimento. Nada. Não penso em nada disso.
Penso no marceneiro que vai chegar com a mesa no sábado de manhã, na carteira de vacinação que não troquei, na de habilitação que não peguei. Penso na reunião, nas férias, na hóspede. Penso no Igor sozinho numa jaulinha de Pet Shop, sem carinho, sem mimos, sem fios pra comer.

Penso que mesmo sem procrastinar o tempo não é suficiente para todas as minhas idéias.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O projeto foi pro saco


Nunca mais fui almoçar. Nem fiz amigos. Tomo café ensandecidamente. Emagreço e desapareço. Tenho tomado atitudes estranhas. Ansiedade insuportável. Suporta. Suporte. É charme. Não me reconheço. Surto e passa. Passa, mas volta. Exposição na sexta-feira. Mini-mostra, pra ser sincera. A insegurança já está ocupando até o quarto vazio. Ela é amiga da ansiedade. Saí de casa. Contatos imediatos. Conheci um rapaz. Desordem geral. Assustei o rapaz. Talvez. Talvez. Assustei a mim mesma. Frases estranhas. Perco-me. Percocet. Percodan. Perco a razão. Não tomo remédios. Não faço terapia. Não penso que devo. Devo. A viagem se aproxima e as tarefas se acumulam. Exposição. Mini-mostra. Agora passa. Agora vai. Agora não é mais meu. Agora é seu!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Quando eu crescer eu quero ser concreta


A pergunta. O choque. A resposta. O desengano.

O arrependimento. A dúvida. O vício. O comportamento.

O medo. A mentira. O erro. A morte.

A catarse.

A pergunta. O choque. A resposta.

A rotina.

O pensamento. O descuido. A dor. O tempo.

De novo



Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Medo de quê


Aos cinco:
- De escuro.

Aos dez:
- De bronca da mãe.

Aos quinze:
- De descobrirem o diário.

Aos vinte:
- De ser pega.

Aos vinte e cinco:
- De não ser pega.

Aos trinta (e dois)
- De cair no banheiro!