quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Desconexos

San Isidro e Tigre.

Catedral. Praça. Turismo.

Enfim, só. Enfim, café. Silêncio.

Fazendo balanço do ano. Férias estranhas. Tem mais brasileiros na Argentina do que no Brasil.

Cansada de arrumar e desarrumar malas. Quero minha casa. Quero meu gato.

O bloqueio criativo começa a esmorecer.

Ensaiei um choro por dois dias. Não consegui. Ainda perdida, sem saber o que sentir. Tudo em mim se contradiz.

1 79'91''16

Conferir os bolsos. Lavar as mãos. Sempre três vezes para ter a certeza de estarem limpas. Andar até a parada de ônibus com muito cuidado. Cuidado com as listras. Lembrar dos remédios. Tomar bastante água. Dois goles de cada vez. Respirar fundo. Contar.

Às vezes parece estranho. Para os outros, loucura. Para mim, rotina. Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Cinco pessoas com blusa azul antes das 12h. Hoje deve chover.

Tudo está relacionado. Basta saber ler os sinais. As pessoas se desconectaram do mundo. Não entendem. Três carros vermelhos indo na mesma direção. Receberei um telefonema antes das 17h.

Ando e sorrio. Sorriem de volta. Presságio de boa sorte. Não falo. Dizem-me bom dia. Respondo apenas na quinta vez. Nunca antes. Nunca no quarto. O número quatro é sinal de mau agouro.

Certa vez, tive uma cadela. Emprenhou. Quatro filhotes. Até então, eu não sabia de nada. Morreu. Prova de que o número quatro traz má sorte. Depois morreram os filhotes. Não soube cuidar. Não sabia cuidar nem de mim.

Dez aviões vermelhos enquanto tomo café. Ah, se eu tivesse ligado. Se eu tivesse convidado-o para sair. A resposta seria sim, eu sei. Dez aviões? Era sim na certa! Os aviões sempre trazem boas notícias.

Nem tudo que voa é assim. Certa vez, entrou uma borboleta na minha casa. Sobrevoou a mesa de jantar e saiu. Papai morreu naquela noite. Odeio borboletas.

Chuva! Não disse? Basta saber ler os sinais. Mais tarde alguém vai morrer. Vi duas borboletas hoje.

Vivo só. Um dia de cada vez. O moço disse que tem de ser assim. Disse, também, que não é tão complicado. Não concordo. Preciso contar. Relacionar. E, só assim, existir.

Existo porque alguém esperou nove meses por isso. E desde então são números.

Dou aulas de matemática todos os dias. Não, minto. Não dou aulas às quartas. Não preciso explicar o motivo. Converso com o moço às quartas.

49576 é meu aluno preferido. Ele não fala. Nasceu assim. Adotei um sistema para decorar os nomes deles. Transformo tudo em números, inclusive os nomes. Acho que assim eles se sentem incluídos em um grupo. Eu me sentiria.

À noite, sinto-me só. As grades incomodam um pouco. São 43 barras verticais. Três barras horizontais.

Regime semi-aberto, o moço disse. Falou, também, que era o melhor que poderia fazer devido à minha condição.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Antissocial. Sim, sou. Fazer o quê?

Big Tasty mequetrefe!



Um dos motivos de ter voltado aqui foi o Big Tasty. No outdoor anunciava: 2 hamburgers ANGUS. Ok, pedi o de sempre: sem alface e sem cebola. Veio uma sola, com 2 hamburgers miniatura, uma fatia de queijo e duas rodelas de tomate. Seco, ruim, sem gosto e, o pior, sem molho!

Outro motivo era o zoológico. Mais uma decepção. Jaulas pequenas, tratadores mal-educados. Lugar e pessoas sem preparo para receber turistas. Parece abandonado. Os bichinhos são bonitinhos e só.




O que salvou o planejamento de férias foi a feira. Divertida, cheia de cacarecos diferentes, num dia extremamente agradável. Isso sim, valeu a pena.

domingo, 25 de setembro de 2011

Sem crise

Apaixonada pela arte de não fazer nada. Não pensar. Deixar fluir. Pela primeira vez, contrariando o título, sem escolhas. E, então, contradizendo-me, por escolha própria.

Sem expectativas

A expectativa morreu. Foi assim, de repente. Não se adoentou, nem deu sinal prévio. Simplesmente morreu. Notícia fulminante.

Agora, resta viver o momento.

Sem rumo

Vivendo um dia de cada vez. Sem estresse. Sem cobranças. Assim leve. Assim solta. Procrastino e sou condescendente comigo mesma. Bom, muito bom. Tirei férias, até de mim.

Sem planos

Tentei, juro! Mas albergue com banheiro coletivo não dá. Não consegui. Foram os dois dias mais longos da minha vida. Depois disso, peregrinação. Novo albergue. Agora com banheiro no quarto, mas o quarto é compartilhado. Bom, nem tudo é perfeito.

Ando passeando pela cidade, sem planos, vendo o que acontece pelas ruas, aproveitando a noite. E isso está bom. Nada de acordar cedo e bater perna o dia inteiro. Tranquila. Curtindo as férias. E isso passa tão rápido.

As patetices continuam, são tantas que nem vale descrever. Virou rotina. Talvez uma. Segundo terceiros, a pior! Não conseguir encontrar a porta do quarto. Sóbria. Fala sério! Mas tem justificativa: 3 quartos diferentes em apenas quatro noites.

Quando cheguei aqui queria ir ao zoológico, à feira e comer um Big Tasty. Falta o Big Tasty!
No mais, quero ver aonde a vida vai me levar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rainha do Mico

Mudança drástica no astral. Comprinhas no free shop sem taxas extras com a ajuda da mocinha do caixa. Fiquei tão nervosa que saí do aeroporto e só me dei conta que havia esquecido a mala quando cheguei no táxi. Acredita?

Bom, voltei correndo para a Aduana, achei a mala e quase morri de vergonha. Ri. E muito. Era a única coisa que poderia fazer mesmo. O moço da alfândega perguntou se eu estava sozinha, ao saber que sim, me deu um cartão com todos os telefones dele, caso eu precisasse. Atestado de retardada logo na chegada.

Contei o episódio para o taxista, ele riu, me deu o telefone dele e desviou o caminho para me mostrar a Embaixada do Brasil. Disse que se eu tivesse qualquer problema deveria ir lá. Segundo atestado.

Enfim cheguei ao albergue, com cara de pavor, do tipo: banheiro coletivo? Ai meu Deus! Subi para o quarto e larguei a sacola do free shop na recepção. Mais um!

Acha que acabou? Não! O massoterapeuta me fala sobre um short florido e outra peça que ele havia visto. Achei a conversa estranhíssima, mas ele fez um ensaio fotográfico sensual recentemente, então pensei que a modelo tinha usado roupas parecidas com as minhas, quando faço massagem. Não. Claro que não! Esqueci minhas roupas (íntimas) na academia do moço.

Fala sério! É muito mico pra uma pessoa só em tão curto intervalo de tempo. Vou ali enfiar minha cabeça em um buraco, como faz a avestruz, e volto mais tarde.

Perdida

Passado o estresse com a mala, o isqueiro e os dois loucos do embarque no Uruguai, enfim, café e cigarros antes do novo embarque. Tem um free shop enorme entre os portões e eu ainda sem vontade de fazer compras. O que acontece?

Milhares de brasileiros indo para Buenos Aires. Fazendo planos. Roteiros. Cheios de expectativas. E eu ainda pensando em ir ao zoológico de pegar bichinhos e tomar café. Sim, continuo sem saber porque, diabos, estou indo para lá. O que acontece?

Depois de uma semana na imensidão da selva parece que a minha cabeça esvaziou. Sinto-me pequena. Sem rumo. Sem direção mesmo. Penso, às vezes, na morte. Não sei se a proximidade da perda me deixou assim. O que acontece?

Blasé. É a palavra que me vem à mente. Mais nada.
O que acontece?

Avisos e outros

Moro numa cidade que se não é o deserto propriamente dito, assemelha-se muito. Então, querendo a. me hidratar, b. ser mais saudável e c. prevenir o surgimento precoce de rugas, tenho bebido litros de água por dia. Isso quer dizer que agora passo a metade dos meus dias dentro de banheiros por aí.

Volte a sua poltrona quando este aviso acender. Li no banheiro do avião. Imaginei várias cenas divertidas. A pessoa correndo com as calças na mão assim que o aviso acendesse. Um outro desavisado sentado no troninho esperando, pacientemente, o aviso acender para, só então, retornar ao seu lugar. E mais algumas outras, até que alguém bateu na porta e percebi que estava divagando em local inapropriado.

Apague o seu cigarro aqui. Deveria estar escrito isso, mas havia apenas o desenho indicativo dessa ação. Pois bem, se é proibido fumar no avião e, no show dos comissários, é dado um alerta de que a proibição é válida também para os lavatórios, para quê o compartimento?

E, por fim, uma pequena observação mal-humorada que nada tem a ver com água, mas poderia se relacionar a banheiros. Num país onde a corrupção é desmedida e existem esquemas para burlar as leis em todos os escalões do Governo paga-se mais de dez mil reais, por mês, para um funcionário público recolher isqueiros nos aeroportos. Tem dó, né?

O que é isso?

Dando chilique de mulherzinha. Brigando com a mala. Piti frenético antes de viagem. Não estou me reconhecendo. Preguiça de viajar, pode?

Bah...

sábado, 17 de setembro de 2011

Welcome to the jungle V ou ...

Goodbye jungle.

A aventura chegou ao fim. Sempre fico com cara de cachorro embarcado no dia de ir embora. Meio triste, meio feliz, sem saber bem o que sentir.

As férias na selva foram fantásticas. Curti cada minuto, cada passeio. E vou pra casa com gostinho de quero mais. Quero mais natureza, mais floresta e mais movimento na minha vida.

O Pajé disse: gostaria de colocar todas as coisas que sei em um livro, mas preciso de alguém para escrever. Várias ideias. Nenhum plano. No próximo ano... quem sabe? Tem feriado, carnaval, férias e, de repente, algum tempo.

Welcome to the jungle IV

Pajé high tech. Ritual indígena. Aula sobre ervas e cura. Fiquei tão encantada que até esqueci de tirar fotos, mas a sensação ficará eternizada na minha memória. O melhor passeio de todos!

Pajé Kissibi e família + Alemanha + Brasil + Índia + Guiana

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Welcome to the jungle III

City Tour de manhã com o grupo. Calor de 40 graus e eu de calça comprida. Por quê? Por quê? Por quê? Por causa das mil e trezentas picadas de mosquito de ontem.

Enfim, achei uma farmácia e comprei:
- mais dois repelentes (do bom);
- condicionador de cabelo (é, esqueci mesmo);
- pomada anti-histamínica (precisa de explicação?);
- desodorante (usei o vidro que eu trouxe nas picadas de mosquito para tentar diminuir a coceira).

Fui ao Banco, peguei dinheirinhos e corri pra feirinha de artesanato. Não achei nada interessante. Voltei de mãos abanando. Será que minha mulherice está diminuindo? Ou é só preguiça de carregar sacolas?

Bom, além disso, ganhei um creme de citronela da mocinha que fiz amizade no hotel. Ah! Ganhei, também, banha do peixe boi. Dizem que serve pra tudo, inclusive picada de mosquito. Passei no corpo inteiro e ainda comprei mais uma caixinha pra levar pra casa.

Resultado até o momento: pernas horríveis, mas as bolinhas não coçam mais. Ok, estou fedendo, mas quem vai me cheirar aqui no meio do mato? Um índio?

Hoje tem festa no hotel com direito a apresentação. Se você não vem ver o boi, o boi vem ver você!

Faltou o ritual indígena, por insuficiência de gente interessada. O guia ofereceu o passeio "por fora", com pernoite na tribo, em oca. Pensa? Eu adorei, mas a companheira que arrumei por aqui não era tão aventureira e amarelou. Ficou com medo da voadeira.

Acho que sete dias foi pouco.
Volto.
Com certeza!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Mais uma publicação

A revista Outros Ares publica este mês uma das Crônica de Pouco Amor
Infelizmente, parece que será a última edição da revista. E, pasmem, por falta de colaboradores.

Triste.

Sim, eles comem pão!

   

Welcome to the jungle II

Hoje fez muito sol e eu fui nadar. Então, substituí o repelente por protetor solar. Resultado: 28 picadas de mosquito em uma perna e duas no braço, uma picada de formiga na mão e outra de um bicho estranho dentro do sutiã (ninguém merece). Isso tudo e nenhuma marquinha de biquíni, afinal o protetor era fator 30.

Faltava uma perna quando parei de contar os estragos e resolvi arrumar as fotos do dia. Sentei num cantinho aconchegante e quando encostei na cadeira senti algo estranho nas costas. Uma lagarta, daquelas que queimam a pele. 

Puta que pariu, pensei. Oh, uma lagarta, eu disse. Estou, realmente, tornando-me uma mocinha educada. Olhei para o mocinho, fiz cara de donzela em perigo e perguntei: queimou? Ele disse que não, passou soro fisiológico e se ofereceu para cuidar.

Desisti das fotos. Dos bichos. Da natureza em geral. O mocinho vai me mostrar os jacarés que moram no hotel. Vamos alimentá-los com pão.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eis que, até aqui, no meio da selva encontro o clima-escritório. Enfim, pessoas são pessoas. E parece que sempre vai existir aquela que cuida da vida dos outros, o engraçadinho de plantão, a sabe-tudo e etc. 

Ainda assim, me divertindo. Cada vez mais solta, mais livre, mais segura. Sempre dei valor às experiências passadas. Agora aprendo a dar crédito, também, à idade.

Férias sozinha virou sinônimo de divertimento garantido.

O amadurecimento não vem de forma fácil, mas é o que há!

Feliz!

Igual pinto no lixo.
Quer ver?
Tá aqui ó...

domingo, 11 de setembro de 2011

Welcome to the jungle

Chegada estranha. Calor insuportável, mas úmido. Ai que saudade da umidade!

Passeio de barco com emoção, tentando proteger a mala, a mochila e, ao mesmo tempo, não cair no rio. Guia insano cheio de segundas intenções.

- E aí, gata? Vai passar quantos dias na cidade?
- Nenhum, senhor. Vou pro meio do mato e volto direto para o aeroporto.
- Ah, se você fosse ficar por aqui te dava meu telefone pra fazermos uns passeios.
- Err, obrigada mesmo assim.
- Disponha, gata.

O quê? Depois de voar baixo no barco estranho? Nem se eu fosse ficar na cidade! Ficaria sozinha mesmo, curtindo um ar condicionado.

Hotel razoável, pessoas simpáticas. Engraçado, sempre encontro pessoas simpáticas. Devo viver no mundo da Pollyanna. Ou estou ficando condescendente.

Pensando numa semana de desintoxicação e contato com a natureza sou surpreendida pela programação do hotel. Festa Rave com atração internacional até às 9h da manhã! Quando fujo da civilização ela me encontra.

Mais uma vez esqueci um monte de coisas, inclusive, dinheiro. Por que eu penso que o mundo inteiro aceita cartão? Bom, o gerente liberou o bar do hotel pra mim. O que, no fim, foi bem melhor. A festa inteira tomou Devassa, enquanto eu bebia Bohemia. E mais barata! Resultado: manutenção da ressaca e cancelamento do passeio ecológico das 8h.

Enfim, dia de preguiça.
Não era bem isso que eu queria, mas está ótimo.
Amanhã voltaremos à programação normal.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Hoje,

só hoje, é assim que me vejo.


Metade
Oswaldo Montenegro


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
E quando não tem mais nada... tem o gato. Sempre no colo, quentinho. Se jogando no chão pra mostrar a barriga. Miando e mordendo o meu queixo. Mostrando que posso sorrir.

domingo, 4 de setembro de 2011

Se a minha vida passasse na Televisão estaria recebendo um prêmio agora e o apresentador diria:

Parabéns a você que acabou de ganhar o primeiro lugar na competição Passando Roupa Igual ao seu Nariz. Faça agora 70 agachamentos para conseguir mover-se dentro dessa calça extremamente apertada e dê recomendações à bondosa senhora que lava suas roupas por não ter colocado amaciante no jeans!
Escutando um festival de música brega. Chorando nos intervalos. Bebendo muito mais do que deveria. Essa é a minha atitude muito adulta.

Nada de especial. Nenhum lampejo de criatividade causado pela perda.

Inércia e desânimo. Tristeza sem fim.

Isso e um humor instável que não consigo entender.

sábado, 3 de setembro de 2011

O notebook existe há 3 anos. Nunca deu defeito. Criança em casa. Ele aparece quebrado. Não gosto de coisas quebradas. Eu estou quebrada. O chuveiro está quebrado. O banheiro está quebrado.

A casa, as coisas e eu.
Todos precisando de reforma.

Wishlist

- Ânimo;
O que são essas coisas que a gente amontoa nos armários? São pedacinhos da nossa identidade? Ou apenas objetos sem sentido há muito guardados?