segunda-feira, 25 de junho de 2012

Deus é real

E criou a semente de aroeira para provar sua existência aos humanos.

Anti-diarrética, antileucorréica, adstringente, balsâmica, diurética, emenagoga, purgativa, estomáquica, tônica, antiinflamatória, fungicida, bactericida e MUITO gostosa!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Agora?

Salve-se quem puder. E ninguém me salvou. Quem abriu a boca na hora do ataque? Quem testemunhou? Quem tomou partido? Quem ficou?

Salve-se quem puder. Nenhuma explicação quando começou a enxurrada de aporrinhações. A vida passando na janela, nas esquinas, no metrô. Em todos os lugares, menos aqui. Na minha cara.

Salve-se quem puder. A frase se repetindo. E ninguém me estendeu a mão. Enquanto eu tropeçava, caía, me arrastava. Enquanto eu limpava o sangue seco e lambia minhas feridas cobertas de pus.

Salve-se quem puder. E eu não pude. Por muito tempo não me salvei. E nadei contra a maré. Acreditando que assim faziam os bons. Os puros. Os inocentes. Não me afoguei por pouco. Sorte, talvez.

Salve-se quem puder, você disse.

Hoje dura. Fria. Impassível. Você vem, estende a mão, oferece colo.

Agora?

sábado, 16 de junho de 2012

Projeto delícia

Academia de julho a dezembro. Todos os dias. Acredita? (...) Nem eu.


Arrependimento

Amor meu, também conhecido como Igor, há três dias só dorme embaixo das cobertas. Enroladinho. Não sai da cama. Se pudesse, colava o pelo dele de volta. Bem que a veterinária avisou.

- Gato, minha filha, não se tosa!
Não me apaixono por pessoas, mas por ideias.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Faxina... à luz de velas?

Tá. Entendo que tirar onda porque faço faxina tomando Champa não é uma atitude super "cool" com o resto dos mortais, mas não precisava acabar a luz, né!

CEB, sua linda, dá uma força aí!
Afinal, os castiçais ainda estão dentro das caixas de mudança.

E hoje é dia de...

Faxina de luxo!

Quer a receita?

Vá ao supermercado e compre:
- lysoform;
- limpador para pisos;
- pano de chão;
- vassoura bola;
- sabão em pó;
- limpador para banheiro;
- desengordurante;
- esponja;
- escova;
- Champagne.

Sacou?

terça-feira, 12 de junho de 2012

Só pra constar...

Não gero expectativas.
Não faço promessas.
Sou sincera.
Omito agressões.
Sou educada.

- Frustrou-se? Resolva!

Me sinto só?

Aqui jaz um coração partido!

Boa frase para início de texto. Boa, mas mentirosa. O tal do coração, além de não estar partido, não descansa em canto algum.

É que charminho de solidão é sempre divertido.

As agruras são as mesmas. Casa bagunçada e preguiça total. Isso passa, diz a moça.

Adoro as análises da moça.
Ela sempre me defende.

Não brigo mais, respondo. Faço uma coisa de cada vez. No meu tempo.
(Isso vai levar anos, mas ela ainda não sabe. Não me conhece tão bem assim)

- Ainda se namorando?
Nem tanto, respondo.

- Enfim, só?
- Nada. Sempre com o gato.
- A vida é mais do que isso.
- É? Namorarei o trabalho então...

Ela ri. Eu não acho tanta graça, mas simulo um sorriso. Daqueles que esticam os lábios e só, sem dentes aparentes.

A vida é o que? Ter alguém? Agradar o alheio? Ser limitada eternamente?

A minha não.
Ainda não.
Ainda sem condições para tanto.

A vida é o gato. A vida é o trabalho. A vida é a fotografia. A literatura. E as chatices do dia a dia. A vida, às vezes, é a morte. E a saudade. A vida, no momento, é isso. E apesar de tudo... ou com tudo, a vida é boa.

Não.
Não me sinto só.

Mexa-se!

A desocupação começou. Dizem que a mesa vai embora no sábado. Só acredito vendo. Chegaram novas perninhas para o vidro da mesa antiga.

As cortinas, faceiras, balançam ao menor sinal de vento. Penduradinhas. Lindas.

Estante de caixas pra quê? Sapateira, isso sim! E sai mais um móvel grande. E fica mais um espaço vazio.

- Não fique triste, sapateira antiga. Terás um novo lar e sua nova dona será muito contente contigo.

Falta pouco. Falta pouco.

Tem uns baldes de plástico coloridos. Sem rumo certo. Tulipas de plástico talvez combinem.

Novas ideias.
Nova energia.

Coisas de cozinha na cozinha. Coisas de quarto nos quartos. Roupas por toda parte. Isso ainda é um problema.

Diz a lenda que a passadeira vem no sábado. O marceneiro também. A faxineira preferiu o domingo. E parece, por enquanto só parece mesmo, que o acampamento voltará a ser um lar.

Um brinde à casa nova!