segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Prioridades

Minha memória já não anda tão boa ultimamente. Outro dia, quis ligar para uma amiga cujo número havia desaparecido da agenda telefônica.

Tentei uma, duas, três vezes, antes de desistir. Pelas gravações das caixas postais, descobri que errei todas as vezes.

O que me espantou foi que recebi retorno de todos os números errados que disquei.

As pessoas me informaram, inclusive, o motivo pelo qual não atenderam minha ligação prontamente.

Estavam curiosas. Queriam saber do que se tratava. Engano, eu disse.

Será que retornam com essa tempestividade para os números conhecidos também?

Se mistério, atualmente, determina prioridade, peço a todos meus amigos, conhecidos, paqueras e pretês: apaguem meu telefone de suas agendas. Esse é o tratamento que quero!

Naquela mesa

Alguns lugares são impregnados de recordações e emoções. Esse bar, esse que estou agora, é assim.

Aqui, nos desentendemos e fizemos as pazes por mais de duas décadas. A cerveja que já teve gosto de lágrimas, tristes e felizes, hoje faz parte da celebração da maturidade da nossa relação.

Você já nem bebe mais. Deixou de fumar também. Mas, eventualmente, faz companhia. E continua sendo aquela pessoa que quero ver e conversar sempre, mesmo quando todos os outros nomes da agenda transformam-se em "persona non grata".

Independentemente de rótulos, de nomes, de qualquer coisa, é com você que eu conto, porque é você que me entende e é você que eu amo.

Feliz dia sem nome, sem categoria, sem comemoração comercial. Feliz dia, como outro qualquer, de saber que tem alguém que se sente bem só porque você existe!