sábado, 28 de maio de 2016

Só pra você... ou não!

Hoje acordei com uma vontade louca de escrever um texto pra você. É verdade, pra você que está aí lendo. Juro!

Você merece um texto só seu, que trate das suas agruras, suas alegrias, seus interesses. Enfim, um texto que, ao ler, você se reconheça, sinta-se pleno, retratado.

Então, sentei-me à mesa com toda a paciência do mundo. Trouxe suco de laranja, croissant e cigarros. Abri o laptop, acessei a página onde são escritos os textos e fiquei observando o cursor piscar.

Pensei em estórias fantásticas. Não quis. Fantasia não é a sua cara. Você é real. Está aí lendo esse texto enquanto eu divago.

Tentei algo sentimental. Desisti. Tão difícil. Sei que você já passou por muitas dores e, também, teve várias felicidades. Mas esse momento que você vive hoje é só seu. Não consigo me intrometer e muito menos te expor.

Pensei, tentei, escrevi, apaguei. Até cansar!

Não, não sei escrever pra você. Desculpe-me. Escrevo pra mim. Escrevo porque transbordo. Escrevo porque preciso extravasar. E se você não gosta do que lê, sinto muito. Sinto muito mesmo.

Veja como um defeito, uma incapacidade ou algo a se resolver. Não quero falar da vida alheia, só da minha...

Desabafo

É absurdo, em pleno século XXI, ainda escutarmos que se uma mulher foi estuprada é porque facilitou. Saiu de casa a que horas? Foi se encontrar com o namorado? Bebeu? Usou roupas curtas? Ah, deu mole!

Notícias são divulgadas com manchetes de “suposto” estupro porque, sim, a vítima precisa provar que sofreu a violência.

E se as mulheres denunciam, unem-se contra o abuso, é mais um motivo para a sociedade doente e hipócrita denominá-las: loucas, exageradas.

Essa cultura nojenta começa em casa ao permitir que o filho fique assistindo televisão e a filha vá ajudar nos afazeres domésticos. Começa no mamãe faz pra você, querido, não precisa levantar. Começa na segregação por sexo.

Não acredito que se deva tratar todos iguais, pois pessoas são diferentes. Mas a diferenciação no tratamento deve ser uma forma de respeito. Tratar distintamente de acordo com as necessidades, com a forma de aprendizado, com a sensibilidade de cada um.

É muito triste debater o assunto de violência sexual e pensar: quem nunca? A campanha “Meu primeiro assédio” teve várias críticas por mostrar uma realidade que ninguém quer ver. Nelson Rodrigues é muito mais real do que se imagina.

Afinal, mulher, quem nunca?

Quem nunca atravessou a rua porque viu um cara andando na sua direção? Quem nunca levantou o vidro no carro pra não escutar uma piadinha? Quem nunca se constrangeu ao entrar em um lugar onde só estavam apenas pessoas do sexo oposto?

Os meus amigos responderiam não à todas as respostas. Infelizmente, essa não é a realidade das mulheres. À nós, resta reclamar, lutar e, nunca, nunca mesmo, calarmo-nos, mantendo a esperança de um dia sermos ouvidas e respeitadas.

Scrum your life

Tenho estudado uns assuntos diferentes que vêm me torrando os miolos. Dentre eles, computação. Linguagens de programação, frameworks, guias de melhores práticas e tudo mais que encontro disponível na Internet na sessão de TI.

O tema é vasto e interessante. Além disso, tenho descoberto que posso aplicar esse conhecimento em outras áreas.

Primeiro, comecei a utilizar no meu trabalho. Definição de escopo, técnicas de estimativa e priorização para o dia. Gente! Isso organiza a cabeça. Reduz o desgaste. Juro! Depois, parti para a vida pessoal: estórias de usuários. Apaixonei-me! Que maravilha!

Eu, como ser vivente e normal, quero ser feliz. Eu, como ser humano, quero ser tratada com dignidade. Eu, como mulher, quero respeito!

Depois de definir, é só separar em tarefinhas menores e se programar.