sábado, 28 de fevereiro de 2015

À espera de um milagre (ou manha boba)

Que me faça aceitar. Ou não.

Que me faça entender. Também não.

Que me faça ver. Talvez... Ver que nem é tão importante assim.

Então, que me faça dimensionar de forma justa. Er... nada poético.

Pensando bem, milagre, milagre mesmo, acho que não precisa.

Passou...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Aprendendo a caminhar

De repente acontece. Vai para nunca mais voltar. E você se pega ouvindo Righteous Brothers às duas da manhã, com o rímel borrado e o coração partido.

Sim, é triste. Perder uma batalha é muito triste. Mas perder a guerra é bem pior.

Então, você se levanta com todos os seus pedacinhos colados, cheios de defeitos mas, juntinhos. Hasteia sua bandeira e mostra que está viva.

Foi só mais um passo...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Colando os cacos

A gente lida com implicância, raiva, rancor e até ódio. Mas com desprezo, a gente não sabe o que fazer.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Nunca!

Examinou a sala minuciosamente sem notar qualquer vestígio dos acontecimentos daquela tarde.

Já vai tarde, pensou.

Os encontros fortuitos haviam tornado-se, há muito, desgastados. A antiga paixão dera lugar a algo insípido, sem propósito, nexo ou relevância.

Afastou as almofadas com as costas da mão e deixou-se cair preguiçosamente no sofá. Mal a taça de vinho acabara, resvalou num sono profundo e justo.

Com gosto de guarda-chuva na boca, viu-se, às quatro da manhã, bebendo suco direto da embalagem, numa cozinha iluminada apenas pela pequena lâmpada da geladeira, que permanecia aberta enquanto a sede era saciada.

Passou a mão nos cabelos, admirou seu reflexo no espelho, riu. Enfim, foi pra cama. Ainda com um sorriso nos lábios, adormeceu novamente. 

Antes disso, um pensamento: não me caso.

Não. 
Não me caso.
Nunca!