quarta-feira, 31 de julho de 2013

Indo...

ou voltando.

Aeroportos me deixam melancólica. Trânsito e falta de definições também.

Descansei tanto que cansei.

Cadê casa? Cadê gato? Cadê espaço?

Tem faltado eu dentro de mim. Pura preguiça. Não quero a história de ninguém. Nem a minha. Indolência, sabe?

Daqui a pouco passa.

Scarlett!

Amanhã..

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Porque hoje parece domingo...

7 razões para ter uma calça de pijama com bolsos:

1 - Sensualizar na cama com o boyfriend, fazendo a "casual";
2 - Ter proteção sempre à mão;
3 - Guardar um hall's para o beijo matinal ser mágico;
4 - Ir pra balada com ela e ninguém desconfiar que é um pijama;
5 - Levar o cigarro e o isqueiro escondidos pra fumar na escada do prédio;
6 - Não perder o controle remoto na cama;
7 - Acordar no meio da noite com fome e ter aquela bolachinha pra resolver;


terça-feira, 16 de julho de 2013

A gente quer o impossível e teima em querer que seja uma possibilidade.

Constatação

Falando com uma amiga de longa data sobre Fernando Pessoa e seu Poema em Linha Reta descobrimos que nós, meras mortais, já levamos muita porrada na vida. Assim como outros, talvez. Mas assumimos.

A diferença é que não contamos apenas histórias de superações. Nem nos perdemos em discursos pobres sobre mazelas. Apenas levamos uma vida comum.

É engraçado ver como os sonhos de transformar-o-mundo-ser-rica-e-famosa tornam-se os sonhos de acordar-no-dia-seguinte-e-ter-forças-pra-trabalhar-e-sobreviver-com-alegria-e-simplicidade.

A vontade de "deixar um legado" vira o "querer ser feliz sem incomodar ninguém".

O grande pavor de ser um gênio incompreendido desaparece, dando lugar ao medo de escorregar no banheiro e ser encontrada morta, num apartamento, três dias depois do ocorrido.

A fatalidade tem me rondado nos últimos meses e eu, reles pessoinha, tenho pensado no que fazer da vida. Assumir. Assumir tudo é o que me vem à cabeça.

Consertar o que consigo, mudar o que dou conta de sustentar, mas, principalmente: aceitar meus erros, pedir desculpas e seguir aprendendo. Admitir as fraquezas sabendo que são momentâneas, ou não.

Ser verdadeira e digna.

Acho que é isso.

"E tô achando bom, tô repetindo que bom, Deus, que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém, que bom que sou forte, que bom que suporto, que bom que sou criativo e até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele “Eu Amo Você” no espelho. É pra mim mesmo! "
(Caio Fernando Abreu)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

sábado, 6 de julho de 2013

Momentos

X

Liguei pra lhe dizer:  - Olá, como vai? Para ouvir sua voz sempre educada, firme, responder: - Bem, muito obrigado. Nem queria saber da sua vida ou das novidades em seu trabalho, apenas me fazer presente.

Você foi o assunto da manhã. Desmancharam-se em elogios. Fiquei toda orgulhosa e com algum ciúme. Permaneci em silêncio, mas senti saudades.

Lembrei-me do seu jeito doce incentivando-me a falar mais e mais sobre meus planos mirabolantes para conquistar o mundo. Lembrei-me dos seus olhos que, quando pousavam nos meus, pareciam sorrir. Lembrei-me do silêncio constrangedor quando nossas mãos se tocaram, quase sem querer, e sabíamos que não podíamos.

O telefone chamou por diversas vezes até não tocar mais. Ficou mudo assim como você ficou quando lhe pedi pra não gostar de mim do jeito que eu gostava de você.

Foi aí que percebi que você já havia se despedido há muito tempo. Entendi a distância, a ausência. Sofri com certo atraso e o que não tinha nexo fez sentido.

O rádio que toca dentro da minha cabeça sintonizou uma estação brega que executava canções de amor com finais tristes. O locutor contava histórias de desamor dos ouvintes e mandava mensagens de apoio,  perseverança.

Será que se condoeria ao ouvir a minha? Ou simplesmente diria que é uma questão hídrica? Mania de fazer tempestade em copo d’água.

Pudesse eu desligar esse rádio, pensei, enquanto ouvia Ana Carolina perguntar mais uma vez em qual rua a minha vida vai encostar na tua.

Mas não. Não é possível desligar nada. Só sentir. Até esquecer. Até emudecer.