segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Público/Pessoal

   
Ontem mandei Spam de SMS. Estava inquieta. Queria sair de casa de qualquer jeito. Fiz tudo ao contrário do que você me mandou fazer e até agora não me arrependi. Acho que o arrependimento virá em ondas, ao longo do dia.  Não quero pensar nisso.

Acordei tão feliz pensando que era o meu aniversário, quando olhei na folhinha vi que não era. Custei a entender o que tinha acontecido. Patetices de sempre. Ou adianto, ou esqueço. Sempre no mundo da Lua. Acho que é isso que me comove naquela poesia do Manoel de Barros. Me identifico, sabe? Despropósitos. Minha vida é feita de despropósitos e um dia alguém vai me amar por isso.

Aqui na repartição faz um calor infernal e eu só consigo pensar em cigarros. Não me concentro. Quando faço aniversário o vício faz idade junto comigo. Não que eu tenha começado a fumar no dia do meu aniversário, mas fica mais fácil para contar. São 19 anos juntos. Bom, tudo isso pra dizer que tenho que parar de fumar no dia 12/02 (dessa vez é de verdade) e não estou nem um pouco animada com essa situação.

Ouvi uma frase de uma amiga e achei perfeita: Vou cuidar da minha saúde porque da minha vida já tem muita gente cuidando. Genial, não?! Então é isso, vou fazer cirurgia e cuidar da minha saúde porque da minha vida...

Ah! O Tarô do dia me mandou ser Louca. Vou continuar, então, o que comecei ontem à noite.

Momento de voar
A hora é esta: arriscar-se, atirar-se destemidamente na direção do novo. Ainda que muitas pessoas possam se apavorar e tentar lhe demover daquilo que sua alma interpreta como um novo impulso criativo, não se incomode. As pessoas falam porque estão viciadas em certezas e seguranças. Mas O Louco, arcano zero do Tarot, vem lembrar que, eventualmente, alguma loucura é mais do que bem-vinda! Ponha sua vida em movimento e lembre-se que é sempre momento de recomeçar. Evite o medo e não espere as coisas tomarem uma forma “certa” para agir. Vá!

Conselho: Momento de se atirar em novas direções, sem temor.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Delícia

assim!

entrega. energia. troca. química.
delícia assim.
é, assim mesmo.
exposição. construção. encontro.
  

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Desculpe-me, senhora, mas isso não é comigo

  
E você liga, explica, tenta resolver, mas não é comigo. Passa horas contando toda sua vida para alguém que nem se importa, que nem estaria ouvindo se a ligação não fosse gravada e, ao final, recebe em troca: Não é comigo.

Síndrome do descaso?
É genérico, é geral. Gasta-se mais tempo buscando um culpado do que a solução. Justifica-se o injustificável.

Essa praga se alastra pelas corporações, famílias, escolas. Onde existir relação interpessoal, lá está o descaso.
Descaso gera ineficiência.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Devaneios

  
Adoro pia cheia de louça suja pra lavar. Roupa não, principalmente se tiver que esfregar antes de colocar na máquina. Me contaram que tanquinho tira a sujeira. Ah, se eu tivesse espaço. Gosto, também, de varrer a casa e passar pano no chão. E jogar cheirinho, tipo amaciante. É, de vez em quando uso amaciante pra limpar o chão. Passar roupa eu não sei. Já tentei, mas sempre queimo as roupas. Gosto de cozinhar, mesmo sem saber muitas receitas ou aquelas complexas. Mas acho bom, bom mesmo, quando as pessoas repetem e ainda pedem pra levar marmita pra casa.

A vida é simples, a gente é que complica. Devo ter lido isso em porta de banheiro ou para-choque de caminhão. Mas é por aí, a gente dá voltas e não diz o que pensa. Sofre tentando adivinhar o que os outros pensam, querem, tramam. Tudo isso em vez de perguntar. A gente não sabe dizer que não sabe. A gente tem medo de errar, então nem tenta. E vai ficando acanhado, preso, limitado. A gente cria personagem pra se tornar interessante pro mundo externo e esquece de ouvir o que o mundo interno quer. A gente põe máscara e não consegue tirar. E vira refém de uma vida inventada, dominada por uma personagem cruel que quer viver a vida da gente. A gente começa tão bem e depois esquece como é ser gente.

Então paro e penso. É, eu continuo com essa mania. Acho que às vezes falta uma boa pia cheia de louça suja pra lavar. Lava a louça, lava a roupa (na máquina, ainda não atingi o Nirvana), lava a casa e (piegas, eu sei) lava a alma. A alma gosta de higiene.

O pensamento pode ser antiquado, simplista, preconceituoso. Então, para não ofender minha única leitora, vou trazer para o caso particular. Se eu surto, limpo a casa e me sinto melhor. Se a casa já está limpa, danço um sambinha antigo (recém aprendido - a duras penas - nas aulinhas do youtube), caminho, dirijo, afago os gatos. E, de repente, PLIM!!! Tudo fica ótimo de novo. Isso!

Além de cozinhar e limpar partes da casa, gosto de dar carinho. Carinho se traduziu na minha vida, por muito tempo, em presentes. Então comprava presentes para as pessoas que gostava e achava que o amor estava subentendido. Vai entender! Deve ter alguma relação com a infância. Nunca entendi qualquer reclamação sobre a minha falta de afetividade. Mentira! Entendi hoje.

Boa reflexão!

Hoje em dia não compro mais tantos presentes. Apesar de ainda querer dá-los, me contenho. Talvez as pessoas se sentissem compradas, compensadas. Pensando bem, algumas pessoas se vendiam por um ou outro mimo. Dou valor - hoje - àqueles que reclamavam de receber os presentes. Mas isso é passado.

Me estendo. E perco o foco. Tenho uma pia cheia de louça pra lavar e uma infinidade de roupas para colocar na máquina. Daqui a pouco. Agora vou tomar minha cerveja e terminar meu cigarro escutando Ney Matogrosso.

Adoro escrever também. Mas isso fica para outro dia.

#nowplaying: Sangue Latino

domingo, 9 de janeiro de 2011

Impagável

  
Ainda estou tentando decidir qual foi a melhor cena: ver o amigo G. soprando beijinhos no ar ou a cara dele quando imitei o gesto.
                                        
- Vou comprar um som pra ela.
- Original?
- Ahn? Um som, não sei a marca.
- A cerveja. Pode ser Original ou você quer outra?
- Começou!
                                        
Funk é muito ruim. Não tem desculpas, é ruim e pronto.
Em contrapartida Big Tasty é o máximo, muito bom mesmo, a qualquer hora.
  

Lago dos Cisnes

    
Assisti Black Swan hoje. Interessante como um pequeno acontecimento pode tomar grandes proporções, tornar-se o centro da vida de alguém e dominar de forma irreversível, levando a pessoa à loucura.

Em menor escala, é o que acontece na minha casa. O síndico fechou a calha do prédio e a água da chuva se acumula bem em cima do meu banheiro. Começou com pequenas bolinhas pretas e agora boa parte do teto já está mofada.

Conversei com o pedreiro.
- Quanto você cobra?
- Qual é o serviço?
- Quebrar o teto do banheiro e a cara do síndico.
- O segundo eu faço de graça.

Ah, se tudo fosse fácil assim.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Mais do mesmo

Inconstante como o vento.
Escorregadia como a água.
Às vezes, estrangeira de mim mesma.
Às vezes, passageira no meu próprio trem.

O vento me guia e muda minha direção.
Sigo na maré dos encontros e desencontros.
A necessidade de rebentar as amarras.
Gritar como se o grito fosse o fim, não o meio.

Pensamentos fervilham, mas a boca se cala.
Nem mais uma palavra. Nem mais um olhar.

O impulso contido. A emoção aprisionada. 

#nowplaying: I Still Haven't Found What I'm Looking For

Não resisti...

... mas tentei, juro!
    
Lista de resoluções para 2011:





Lista do mercado:

- lustra-móveis
- sabão em pó
- areia do gato
- pão de forma
- algum tipo de carne
- ovos (?)
- papel higiênico
- batata
- cenoura
- algum tipo de salada/ fruta (nada em caixinha ou congelado)
- álcool (o que limpa a casa e o que limpa a mente)
- queijo (ralado e outros)
- hambúrguer
- creme de leite
- leite de soja
- ...