sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

E viveram infelizes para sempre...

A juventude se foi, mas eu permaneço aqui, parada, patética, esperando aquele que não chega nunca. Guardo com zelo o sapatinho de cristal que iria identificar-me como a amada prometida. Enquanto o pé, cansado, cheio de calos, enruga, entorta.

Semblante esmaecido. Corpo encurvado.

O Conde de Foucauld perdeu a hora, o despertador, o relógio. Perdeu-se no tempo e com isso desperdiçou, também, o meu tempo. Deixou passar o unicórnio branco que o traria para os meus braços. Uniu- se à Cuca e se acomodou.

Sempre ouvi dizer: cuidado com a Cuca, que a Cuca te pega e pega daqui e pega de lá.

Pegou...

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