segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Me dê motivo...

De vestido branco, buquê na mão esquerda e óculos escuros. Ali, na porta da igreja, no último momento, decidiu fugir.

Correu para a rua ao ouvir os primeiros acordes. As portas já estavam abertas. Assim como a boca dos convidados ao assistir a noiva dar meia volta e correr para a rua chamando um táxi.

Alegria. A música do circo. Ela havia insistido. Ele preferia a marcha nupcial. Ela era moderna. Ele, clássico.

Opostos que se atraem, definiam os amigos. Amavam-se, isso era certo. Discussões bobas às vezes. Nenhuma briga séria. Nunca.

Por que, então, a desistência?

Porque sim. Porque nem tudo na vida tem de ter explicação.

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