segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Confissões

Eu traí. Aliás, menti. Não, menti e depois traí. É, acho que foi nessa ordem.

Se fingimento puder ser considerado como mentira, agora eu disse a verdade. Caso contrário; fingi, menti e traí. 

Ah! Iludir é o mesmo que fingir ou mentir? Não sei bem. Reformulo, então: fingi, iludi, menti e traí. 

Quem diz a verdade não merece castigo, falavam os antigos. Portanto, declaro o que fiz, sem peso na consciência, sabendo que serei merecedora de distinção e nobreza.

Fingi que tinha mais tempo. Iludi com planos futuros. Menti que não estava doente. Traí quando abandonei.

Ainda, assim, fui digna.
Pessoas são dignas.
Tumores, não.

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