quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Conceitos e divagações

Muito influenciada pelo filme A Cabana, tenho refletido bastante sobre Deus nesses últimos meses.

Além disso, ando numa vibe de orgânicos, yoga e meditação. Reduzi consideravelmente o álcool, que agora está restrito ao uso recreativo (terapêutico, não mais...). Os cigarros, ainda não. Mas vou bem, obrigada! Faço exercícios regularmente, observo meus atos e procuro não julgar os outros.

Isso tudo parece tornar-se automático depois de um tempo. As escolhas vão ficando melhores, mais saudáveis. É uma vida com mais amor.

E no meio disso tudo: a reflexão sobre Deus. Sim, Ele tem ocupado meus pensamentos. Mas não ocorre de maneira organizada. Ao menos, não tem a organização que eu conheço. Na verdade, é bem caótico...

- Deus está em todos os lugares...
- Hummm... então Deus está aqui em casa.
- Deus é amor e ele te ama.
- Ahn... Eu acho que devo agradecer a Deus por esse amor gratuito.
- Não precisa, pois você é uma centelha divina, você é parte de Deus, você é amor. Deus e você são um só, ele sabe o que você pensa.
- Deus pode estar invadindo minha privacidade, mas não quero pensar nisso agora. Voltemos ao que importa: se eu sou amor e Deus é amor, eu posso pensar que Deus sou eu. Hummm, ok, eu e Deus não somos originais ou os Mutantes foram Deus antes de mim?
- Não existe antes. O tempo e o espaço são meras ilusões. Tudo acontece no presente e o que importa é o agora.
- Ah tá. Então, nesse momento em que eu sou Deus, estou nascendo, crescendo e morrendo, mas ainda estou aqui escrevendo esse texto?
- Pode se dizer que sim...
- Então eu sou Jesus também? Porque, se me lembro bem, ele foi o cara que morreu e continuou vivo...
- Jesus e Deus são um só...
- Tá! Jesus, Deus e eu somos um só?
- Não existe separação. Deus e cada ser é um só.
- Aaaaaahhh.. Deus e Buda, Deus e Guru Ram Das, Deus e meu vizinho que canta alto domingo de manhã, Deus e... todo mundo?
- Sim.
- Um só?
- Exatamente.
- Até o gato?
- TODA a criação.

Nesse momento tenho a ligeira impressão que o Universo perde a paciência comigo, mas é só impressão mesmo. Até porque o Universo é Deus e se ele é infinito, a paciência dele também é.

E volto a pensar no gato. 
E em Deus. 
E no Deus-gato. 

E chego à conclusão que Deus anda muito saidinho. Traquinas, sabe? Só nesse último mês, rasgou minhas cortinas, fez xixi onde não devia, me mordeu quando eu estava fazendo carinho e resolveu me acordar às 4h da manhã lambendo meu nariz.

Pensando assim, descubro que gosto bastante de Deus. Ele está muito mais próximo de mim do que eu imaginava.

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