E tinha agora a responsabilidade de ser ela mesma. Nesse mundo de escolhas, ela parecia ter escolhido. (C.L. - Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres)
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
O único relacionamento dos últimos tempos é com meu amigo gay
e só a mãe dele acredita nessa possibilidade.
O sentimento de insatisfação cresce gradualmente e o motivo não é identificado.
Não tenho suportado a minha companhia nesses tempos, então arrumo desculpas para sair de casa. Brigo com os gatos, faço compras, vou aos bares e boites sozinha.
E sozinha não tenho me divertido tanto. A companhia tem sido, realmente, desagradável.
Já relatei de forma hermética.
Agora discorrerei longamente.
Vou externar à exaustão.
Como coisa que escrevendo ou falando fosse levada à catarse.
Como coisa que desaparecesse ou esmaecesse com a repetição.
A cidade não é receptiva aos fanfarrões solitários. Os bares não tem balcões.
No balcão tenho a companhia do atendente.
Balcão é charme. Balcão dá a possibilidade de ser Julieta ou Rapunzel.
Estimula a imaginação, ou coisa que valha.
Nada vale nos últimos tempos.
A boite, o show, a dança, o álcool.
Tudo cinza. Sem sentido.
Mas a mãe dele vale. A mãe dele acredita.
E enfeita nossa mesa com flor enquanto almoçamos.
E nos olha com ternura, sem saber da esbórnia da noite anterior.
Inocente do que está porvir.
por vir?
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