segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Confissões

Duas horas da manhã e nem perspectiva de sono. Aquele encontro desordenou meus pensamentos.

Patético! É isso que ele deve estar pensando. Como explicar?

Se eu não tivesse topado. Se eu tivesse ficado em casa. Se, ao menos, eu não tivesse bebido tanto. Se isso. Se aquilo. Se...

Três e meia. Salsicha na frigideira. A cabeça fritando. O corpo rolando de um lado pro outro na cama.

São confissões, moça? Não posso desabafar? Eu... Eu só queria conversar mesmo. Contar essa história. Pedir uma opinião. Duas, quem sabe...

Foi tão de repente... Ele estava indo embora, joguei meu celular na mesa, disse assim: anota seu número aí... Just in case..

Just in case, imagina? De onde veio isso? Absolut... Só pode!

Pior... Mandei mensagem. Ele respondeu dizendo que meu radar era bom, mas tinha namorado. E deu o telefone pra quê?

Mequetrefe!

Eu sei que isso não é uma confissão, mas eu vou chegar lá.

Isso foi no final de semana. Acordei cedo na segunda-feira com esperanças de um dia fantástico. Nada poderia ser pior do que o fora, a cantada malsucedida. Nada.

Aliás, apenas uma coisa poderia ser pior. Dar de cara com ele na faculdade, no primeiro horário, na minha sala.

Óbvio que foi exatamente isso que aconteceu. Deus é um roteirista de Sitcom e faz pilotos com a minha vida. Daqueles que já vem até com a risada, sabe?

Taí a confissão: dou em cima de desconhecidos quando bebo e me arrependo depois!

Pouco? Não entendi. Como não é uma confissão? Ahn? Se rolou alguma coisa? Não, moça...  Isso eu não posso responder.  Uma confissão. Só uma.

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