quinta-feira, 6 de junho de 2013

Em casa alheia...

Eles são muitos e estão em todos os lugares. Agitados, barulhentos, calmos, silenciosos. Chegam em horários diversos e revezam-se à mesa. A porta está sempre aberta.

Conversam de modo randômico, juntos ou de forma paralela. Os assuntos são os mais variados. De liquidação de sapatos à utilidade da Sequência de Fibonacci. Trocam roupas, presentes, farpas e afagos.

Foram separados, estão casados. São juntados, viúvos, apartamentados, abençoados por mãe de santo ou bispo evangélico. 

Têm filhos. Muitos filhos. E terão mais.

São simples e recebem bem. Comentam sobre a recente graduação em Oxford, férias nos Hamptons com o mesmo entusiasmo que cantam parabéns para a secretária e planejam o happy hour no churrasquinho da esquina.

Aqueles que estão distantes também participam. Na contramão da modernidade, eles se valem da tecnologia para manter os laços e conservar a tradição.

Eles são queridos, atenciosos e, além de tudo isso, cozinham bem. Reúnem-se às quartas-feiras, no horário do almoço, para um bate papo ameno. Foi o que li no convite.

Celebração da vida. Simpatia. Diversão. Foi o que presenciei.

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