terça-feira, 5 de agosto de 2014

Doce ilusão, amarga verdade?

Não creio.

Mentiras brancas, socialmente aceitas, ditas inofensivas. Ainda assim, mentiras.

Estou chegando. Não vi. Não deu para ir. Hoje tenho compromisso. Minha avó faleceu.

Matar família? Parece-me cinza. Repetida à exaustão, clareou-se. Tornou-se o cinza mais pálido que existe, quase branco gelo.

Todos fazemos. Por isso, talvez, adquirimos a capacidade de identificar facilmente quando o fazem conosco.

Incomoda. Machuca. Entristece. Magoa.

Se usadas timidamente, podem até ser perdoadas. O uso indiscriminado, no entanto, abala de modo severo a confiança.

A grande contradição está, porém, nas razões do uso: proteger, poupar, resguardar.

Mas quem, meu Deus? O mentiroso patológico ou o eterno iludido?

A prática, com o tempo, chega a produzir um abismo entre os indivíduos.

Então, para quê? Qual é a real necessidade disso? Será falta de coragem? Respeito? Interesse?

Muitas dúvidas. Nenhuma conclusão.

Filosofia barata, de boteco, chinfrim e tacanha, que tira o sono.

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