Isso é o que ocorre com os escritores. Não é crise criativa.
Tanto a dizer e o texto não vem. Fica ali, entalado nos dedos. Não sai nem a pauladas.
Enquanto isso, os chinelinhos estão secando nas janelas, os boletos estão todos - ou quase todos - pagos, os bichos têm comida, as roupas estão limpas e as plantas têm água.
Mas o texto, ah, esse não vem. Não se resolve e nem resolve ninguém.
Parece até que espreita. Dá as caras quando não há lápis ou papel. Quando, nesses tempos modernos, a bateria acaba. Some magicamente perante a qualquer possibilidade de registro.
E nesse jogo de gato e rato, diz-se que toda metalinguagem será perdoada diante de uma recessão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário