segunda-feira, 16 de julho de 2012

Usar

Um vestido. Uma cor. Uma camisa. Um carro. Uma colher de pau. Um creme. Um tempero. Maquiagem. Passagem. Livro. Caneta. Computador. Banco. Restaurante. Serviços. Coisas. Apenas coisas. Pessoas, não!

Entender. Lembrar. Anotar: não usar as pessoas.

Li no outdoor. Ou foi em um para-choque de caminhão. Ou em uma porta de banheiro. Internet, talvez. Devemos aprender a amar as pessoas e usar as coisas e não amar as coisas e usar as pessoas. Achei importante. Anotei em algum lugar.

Amo meu iPhone, mas isso é diferente. Existem pessoas reais que, praticamente, moram ali dentro daquele telefone. Encontro, vejo, converso, sei dessas pessoas ali. Só ali. Interação diária. Companheirismo. Sinto-me, até, preocupada quando não aparecem. Nem um check-in? Preocupação genuína! É relacionamento interpessoal, não?

Amo, também, o meu carro. Mas é pelo fato de ele me levar até as pessoas. Os lugares. Carro, nesta cidade, é muito importante. Não sei o que faria sem ele. Como chegar onde devo ou quero, no tempo em que preciso? Carro! Então, é justificável também.

Gosto de viagens. Presentes. Bons restaurantes. Roupas da moda. Gosto muito de brindar meus queridos com pequenos mimos. Quem não gosta? Assim, amar o próprio dinheiro não é condenável, eu creio.

Entender. Lembrar. Anotar: não amar as coisas.

Suponho que vou bem no meu propósito.

Um comentário:

David disse...

Sempre briguei (e brigarei sempre) em prol do correto uso do verbo amar ;)