quarta-feira, 15 de maio de 2013

Amor platônico

Eu gostei mais de você quando você se foi. Achei coisa digna, a sua partida. Corajosa. A desistência, li por aí, é um ato de bravura.

A partida é bela. Pra mim. Sempre bela. Talvez por ser triste. A tristeza me encanta. Você saiu, partiu, sumiu. Fiquei, então, encantada com isso.

O encantamento alastrou-se, incluiu você e virou amor. Ouvi, um dia, que toda forma de amor vale a pena. Escolhi Platão.

Amor fundamentado no seu ato virtuoso de ir embora com graça. Mas sem gracejos.

Nenhum comentário: