segunda-feira, 20 de maio de 2013

Autorretrato

Vulnerável, sensível e, às vezes, louca. Gostaria de dizer meio louca, mas loucura é coisa que não tem meio termo. E se é pra ensandecer, melhor fazer benfeito.

Depois disso, pedir piedade. Piedade pra essa gente careta e covarde. 

Para ser grande, sê inteiro. Conselho de Pessoa. Quem sou eu para discordar? Reles lagartinha com sonhos de borboleta. Ainda sem asas, presa no casulo. Cheia de amarras, vícios, defeitos e devaneios.

Im-per-fei-ta! Sim, isso que sou. Água e óleo me representam. Juntos. Nunca misturados. Não me misturo nem comigo mesma. Não dou liga. Sou pura contradição.

Dura, fria, analítica e muito complexa. É o que vêem.

Será?

Doce, doce, doce... Repito. Há quem acredite. Então, para esses, reservo o melhor de mim. Sou cereja.

Há, também, quem não acredite. Esses são ignorados, pois tempo é algo precioso demais para gastar com quem não dá confiança à essência.

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