quarta-feira, 23 de junho de 2010

Viajando


4:30 da manhã, no aeroporto, balcão da TAM

- Bom dia, fulana de tal, Brasília/ Congonhas.
- Identidade, senhora.

Entrego a identidade, a atendente fica muda enquanto encontra meus dados no sistema. Começo a prestar atenção na conversa de dois outros atendentes que estão em pé atrás dela.

- Os passageiros se aproveitam e querem viajar de graça pra sempre.
- Mas a obrigação da companhia aérea é só até o enterro. A TAM já fez mais do que devia, concedendo passagens aéreas grátis para a família do morto.
- Você lembra do avião que caiu saindo de Brasília para Congonhas? Até hoje tem gente que usa aquele acidente pra ganhar passagem.

Puta que pariu! Isso é conversa que se tenha na frente do cliente? (pensei)

- Pois é, pai e mãe tudo bem, mas às vezes é um parente que nem gostava do morto e agora fica se aproveitando, querendo voar de graça.

(depois dessa parei de prestar atenção)

Voltando ao atendimento:

- Janela ou corredor, senhora?
- Corredor, por favor, de preferência em alguma poltrona da frente.
- Pois não, senhora. Aqui está seu cartão de embarque, o check in da volta também já foi feito.
- Muito obrigada, tenha um bom dia.

Na sala de embarque olho o cartão: poltrona 27A. Janela, no final do avião. Para ser mais precisa, na antepenúltima poltrona.

Pra que perguntar, então? (pensei)


Curtinha

Preenchendo documento de saída de bens do país, me deparo com o campo: placa do veículo.
- Moço, eu não sei a placa do avião, o senhor pode me informar?
- Coloca o número do vôo, minha filha!


Pra Finalizar

Adivinhem quem ganhou a camiseta da torcida da TAM na volta?
A poltrona 27A, é claro!!

Um comentário:

Celina Fortes disse...

Pelo menos valeu a pena a poltrona errada! :D

E outra coisa... chorei de rir com a placa do avião! ehehehe