quarta-feira, 28 de julho de 2010

Hoje


Sentei na parada de ônibus e esperei por uma hora. Cheios demais. Velhos demais. Novos demais. O ônibus que eu queria não passou.

Eu esperei.

Pensei em pegar um táxi. Conversa amena sobre o tempo. Sempre o tempo. Seco. Molhado. Só o tempo. Não quero conversar. Não hoje.

O tempo das coisas e as coisas do tempo.

Hoje é tempo de contemplar. Esperei aquele que não viria. E sabia.

O tempo é frio. A contemplação fria é agradável.
O silencio é preciso.
Hoje.

Hoje é tempo de calar.

Calar a alma. Calar os anseios. Calar as incertezas.

Calar a boca.

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