domingo, 9 de outubro de 2011

Autoanálise

Sair e não voltar mais deixou de ser opção. Fugir de casa também. Apesar de pensar, ainda, que fugir de casa quando se mora só é um luxo, não é mais uma opção. A vida adulta anda me perseguindo.

Preciso reformar o banheiro, pagar as contas, levar o gato ao veterinário, fazer exercícios, comer bem, dormir mais, fumar e beber menos. São tantas tarefas e a única palavra que me vem a mente é: procrastinação. Os armários continuam bagunçados.

Novas experiências. As reações não são mais as mesmas. Fugi da terapia nos últimos meses. Quem vai me explicar o que acontece? O projeto de melhorias não incluía ter de pensar sozinha. O projeto de melhorias era: aprender a pedir ajuda.

A cabeça continua grudada no corpo pelo pescoço e, só por isso, não a deixo por aí. Os pensamentos continuam bagunçados, tanto quanto os armários. Mas há uma leveza. Um quê de felicidade. Um esboço de sorriso. Um brilho no olhar.

Tem, ainda, essa sensação estranha de que tudo vai dar certo.

(P.S.: Continuo com ódio da nova ortografia)

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