quarta-feira, 25 de maio de 2011

Primeiras impressões

Taxista supersimpático, apartamento fofo e cama confortável. Dormi nas nuvens. Cheguei tarde, acordei tarde. Passei na recepção para me registrar, peguei vouchers para desayuno.

- Até que horas, senhor?
- 22h.
- Ótimo!

Enfim, um lugar onde se toma café da manhã à tarde. Cafeteria interessante, croissants quentinhos e café bem tirado. Isso é muito importante. Mapa e pedidos de informação para o garçom. Até hoje não sei porque eu pego os mapas dos locais que visito. Deve ser pra colecionar ou fazer tipo, afinal, nunca aprendi a ler mapas.

Sigo sempre na direção contrária. Esquerda? Esquerda de quem? Ouço a voz da professora de dança na minha cabeça: A otrrra esquerrrrde, Carrolin!

Então, a Recoleta é linda. Muito mais linda do que eu havia lido, visto ou escutado. Vale a pena se perder na Recoleta. E eu me perdi. Várias vezes. E pedi informação várias vezes também. Não sigo exatamente as direções que me indicam, não por má vontade, mas porque não entendo bem o que me dizem. E, além do mais, gosto de andar sem direção, principalmente, em lugares frios com o vento batendo na cara. Dá uma sensação de estar perdida no mundo. E eu adoro me perder no mundo.

Indo ao Cemitério da Recoleta - pelos caminhos errados - encontrei várias praças lindas. Passeio bucólico. Comprei fotos, conversei, sentei em bancos e admirei a vida. Andei por uma feira de tudo. Sorrisos, gritos de crianças e casais largados ao sol. Me senti Caetano num lugar onde tudo é lindo.

Tirei uma centena de fotos. As melhores fotos da minha vida, todas em resolução baixíssima porque comprei uma câmera mas esqueci de pedir o cartão de memória. Enquanto o vendedor me oferecia esse item indispensável, eu estava parada pensando no quanto os argentinos são lindos. É, sem fotos boas, mas por um ótimo motivo.

E eu ainda tenho a coragem de me intitular fotógrafa. Isso chega a ser engraçado. Sim, sim, deixei a câmera legal em casa. Todos os meus (dois) amigos me disseram que eu seria assaltada e eu acreditei. Mas não é sobre fotos que quero escrever agora.

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