segunda-feira, 9 de maio de 2011

Terapia II

A coisa está bem pior do que imaginei. Pior no sentido de estragada mesmo, mas também está melhor. Existe a vontade real de resolver a tal coisa estragada e, vista por esse ângulo, a coisa está muito melhor do que imaginei.

Dia de entrevista. Vamos nos conhecer e propor a linha de trabalho. Não me avisaram antes. Não teve entrevista. Cheguei logo com a lista dos estragos. Três décadas resumidas em tópicos, bem escritos, uma racionalidade de dar inveja, até começar a ser lida. Enfim termino a lista, aos prantos, com uma angústia que há tempos não via.

Isso é material para o trabalho, pensei, muito material. E parece que só pensei isso. O resto eu senti. E sentir não me é familiar, não à vista do alheio. Senti tudo e nada. Crescer, às vezes, dói.

Querido diário, hoje aprendi a pedir ajuda.

Um comentário:

Ana Emilia disse...

Cadê o botão de curtir????