sábado, 21 de maio de 2011

Vem...

Te vejo na minha cama e você fica tão linda lá que até parece fazer parte do quarto. Não queira sentar na minha mesa de bar. Não faça isso, esse nunca foi o seu lugar. Você sabe bem do que eu estou falando. Não, meu bem, não se faça de desentendida. "O que é combinado, não é caro", seu amigo dizia e você concordava. Vai querer mudar a situação aos quarenta e seis do segundo tempo? Esse tipo de birra não combina com você, menina.

Ah, para com isso. Não chora, meu bem. É claro que eu gosto de você. Gosto muito, aqui, juntinho de mim. Vem, deixa eu te abraçar, vai? Esse biquinho lindo tá pedindo um beijo. Deixa eu enxugar essas lágrimas, não é assim. Não sou insensível. Eu só estou cansado, sem pique, sabe? A gente sai outro dia. Você fica aqui em casa hoje, pode até dormir se quiser.

As suas amigas disseram o quê? Ah, não. Não é cômodo. A questão não é comodidade. O problema é que eu trabalho demais, até altas horas, por isso só te ligo de madrugada. Você é linda, inteligente, sabe o que quer. Não vai se deixar levar por essas besteiras não é, meu amorzinho? 

Namorar? Sim, é claro que já namorei. Já sofri um bocado também. Agora tenho medo de me entregar. É isso. Acho que ainda não estou disponível emocionalmente. É claro que isso vai passar. A gente vai ficando assim e uma hora eu melhoro. Volto a confiar nos outros. Não faz beicinho, não são as outras, quando eu confiar em alguém de novo vai ser você. É claro! Deixa de besteira, apaga a luz e vem deitar, vem?

Nenhum comentário: